terça-feira, 24 de setembro de 2013

Descobrindo a cebola roxa



Recentemente, assistindo a programas de culinária na televisão (às vezes, é bem melhor do que ver muito filme por aí...), descobri um ingrediente praticamente desconhecido (por mim!): a cebola roxa.
Comecei a usá-la em algumas receitas, em substituição à cebola branca, e me surpreendi!
De aparência, bem mais atrativa do que a da branca, o sabor é marcante.
Essas características se devem à presença nela de um componente chamado antocianina, comum em vegetais de cor roxa (berinjela, repolho roxo, amora).  Esse composto tem efeito antioxidante e é responsável por inibir uma enzima que participa da formação do colesterol no fígado, aumentando a eliminação do colesterol do organismo.
Com isso, previne o aparecimento de doenças cardiovasculares; pode atuar no combate a doenças respiratórias; pode evitar alguns tipos de câncer; nutre o sistema nervoso, auxiliando na prevenção de Alzheimer; possui função anti-inflamatória.
O seu uso na cozinha é bastante versátil. Pode ser usada para refogar legumes, carnes em geral, ceviches, sanduíches.
Aqui vão duas receitas bem fáceis e rápidas, para a hora do "aperto" (muita fome e pouco tempo):




Beirute com cebola roxa
Ingredientes:
1 pão sírio médio
2 fatias de queijo mussarela
2 fatias de peito de peru
2 colheres de sopa de cebola roxa picada
2 colheres de tomate em cubos, sem pele e sem semente
1 pitada de orégano
1 pitada de noz moscada
1 pitada de sal
azeite

Modo de preparo
Abrir o pão sírio ao meio, regar com um pouco de azeite e espalhar pitadas de orégano. Colocar as fatias de peito de peru, a cebola, o tomate; regar com mais um pouco de azeite e orégano, cobrir com as fatias de mussarela e, por fim, fechar o pão. Colocar no forno para assar de 5 a 10 minutos (se preferir mais tostadinho).
Retirar do forno, abrir novamente o lanche e colocar uma folha de alface no meio (opcional)




Sanduíche de cenoura com cebola roxa e queijo cottage
Ingredientes
2 fatias de pão integral
1 cenoura pequena crua ralada
2 colheres de sopa de cebola rocha
1 colher de sopa de queijo cottage
1 colher de sobremesa azeitonas picadas.
1 pitada de orégano
1 pitada de manjericão
1 pitada de noz moscada
1 pitada de pimenta do reino
1 pitada de sal
azeite

Modo de preparo
Misturar bem todos os ingredientes (cenoura, cebola, queijo cottage, abacaxi, orégano, manjericão, noz moscada, pimenta do reino, sal e azeite) em uma vasilha. Colocar os ingredientes misturados em uma fatia de pão e colocar a outra por cima.
Para incrementar, pode-se acrescentar uma colher de sopa de abacaxi picado (opcional) ou uvas passas
Versão vegana: sem o queijo cottage, acrescenta-se um pouco mais de azeite e azeitonas picadas.






quinta-feira, 20 de maio de 2010

"Praticidade" ainda é mais valorizada


É a triste constatação de uma pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), para mapear as principais tendências no país do consumo de alimentos industrializados. Foram entrevistadas 1.512 pessoas de nove capitais.
Por alimentos práticos entendem-se os industrializados prontos - incluindo os congelados - ou semi-prontos para o consumo. Na pesquisa em questão, 34% dos brasileiros disseram que, na hora de escolher os alimentos no supermercado, a praticidade no preparo vem antes do quesito qualidade.

Depois desse grupo, outro não menos alarmante: 23% dos entrevistados disseram colocar o prazer de comer acima de tudo. Empatando com esse grupo, outros 23% de pessoas preferem marcas de confiança (justamente nesta semana, em que a Nestlé está sendo processada por fazer propaganda enganosa! vide: http://comacomosolhos.com/alpino-fast).

Isso demontra que a preocupação com a saúde ainda não faz parte da agenda da maioria dos brasileiros.

A preferência por alimentos saudáveis ou sustentáveis ficou em quarto lugar: apenas 21% dos pesquisados.

Segundo a pesquisa, os consumidores que priorizam alimentos mais saudáveis são os que parecem ter maior consciência: procuram pelos selos de qualidade, por informações sobre a origem do produto e por fabricantes que protegem o ambiente.

Disse o gerente do departamento de agronegócios da Fiesp que esse consumidor "é uma pessoa com visão mais ampla. Pratica esporte, é mais preocupada com projetos sociais".

Sobre os alimentos funcionais, 33% dos entrevistados disseram acreditar totalmente que trazem benefícios à saúde.

Já os consumidores das classes D e E são mais céticos: 22% não acreditam nas propriedades funcionais dos alimentos e apenas 14% não acreditam nos alimentos funcionais.

Esse dado aponta para que a informação correta não tem chegado às classes menos favorecidas, que têm na televisão praticamente sua única fonte informativa.

A pesquisa perguntou também se, no futuro, os alimentos poderão substituir os remédios. 28% acreditam que sim.
É uma porcentagem ainda muito pequena a que aposta no poder da alimentação saudável.

Uma boa notícia: o rótulo dos alimentos é lido por 69% dos consumidores. Dos que procuram as informações nutricionais, 52% se precoupam em saber qual a quantidade de calorias existente nos alimentos. Nessa parcela, é maior o número mulheres com maior escolaridade e melhor poder aquisitivo.

A gordura vem em segundo lugar como foco de atenção: 39% dos entrevistados se preocupam com o tipo e o teor de gorduras dos produtos. A preocupação se explica: 40% dos entrevistados acreditam estar acima do peso e 59% pretendem fazer dieta ou reeducação alimentar para perder os quilos a mais.

Vejam que a porcentagem de indivíduos que acreditam estar acima do peso é grande e corresponde à prevalência nacional para sobre-peso, de acordo com recentes pesquisas. (http://www.inca.gov.br/inquerito/docs/sobrepesoobesidade.pdf)

Esse mapeamento demonstrou um excelente painel sobre as escolhas alimentares dos brasileiros, apontando a necessidade urgente dos órgãos de saúde em divulgar com maior intensidade a importância da alimentação saudável, principalmente entre as classes menos favorecidas.

É preciso desmistificar a idéia de que o alimento natural é de difícil manuseio, que é difícil de encontrar e que é mais caro. Que tal se fazer isso usando a mesma estratégia das indústrias alimentícias: propaganda, acompanhada de boa informação?
Os alimentos prontos tem apenas uma única vantagem: são fáceis de preparar. Mas são poucos os alimentos industrializados que levam em consideração sua própria falta de vitaminas, fibras alimentares e propriedades funcionais. Sem contar a quantidade de componentes químicos como corantes, conservantes e melhoradores de sabor que são extremamente prejudiciais à saúde (o nosso fígado tem de metabolizar todas essas substâncias estranhas; ele que o diga!!!). No final das contas, a praticidade vai custar caro, quando tivermos de pagar tratamentos médicos das doenças adquiridas!

Outro ponto negativo dos alimentos industrializados é a agressão ao meio ambeiente provocada pelas fábricas, rejeitos industriais, embalagens. As últimas enchentes verificadas em quase todos os estados brasileiros representam um grande alerta pela quantidade de vias pluviais entupidas por embalagens de alimentos (sacos plásticos e garrafas pet!).
Não podemos passar incólumes pela era da informação! É preciso buscarmos o conhecimento para fazermos as melhores escolhas para nós e o meio ambiente.

Consciência é o caminho!
Fonte:
Mismetti, Débora. Alimentos práticos são mais valorizados que os saudáveis. Folha de S. Paulo, pág C7, quarta-feira, 19 de maio de 2010.
Dicas para leituras
Consumo infantil de alimentos industrializados e renda familiar na cidade de São Paulo: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v36n6/13518.pdf

quarta-feira, 24 de março de 2010

O Outono Chegou!!!


Muitos amigos tem se queixado de gripe, dor de garganta e outros sintomas relacionados a queda da proteção do sistema imunológico. Isto se deve à mudança da estação.

Não é só por causa da queda de temperatura ou pelos ventos frios mais frequentes e repentinos, mas por causa de um movimento energético muito bem explicado pelos chineses.

Encrontrei uma boa definição no site Medicina Chinesa


"Elemento Metal – Outono
Quando o Verão passa para o Outono, a energia da Terra transforma-se em Metal. Durante a fase Metal, a energia começa novamente a condensar-se, a contrair-se, volta-se para dentro para se acumular e armazenar. Nesta fase libertamos tudo o que está gasto como as folhas das árvores que caem para poupar a essência. Se nesta fase não houver bastante energia para contrair, não haverá força suficiente para passar o inverno e o próximo ciclo da madeira/primavera será fraco. A cor da fase do metal é o branco, a cor da pureza e da essência.Assim como o metal é a energia refinada extraída da terra e lapidada pelo fogo, o Outono é a estação onde devemos extrair aprendizagens das actividades do Verão.

A energia do metal controla o Pulmão, que extrai a energia essencial e expele as toxinas do sangue e do intestino grosso, que elimina a sujidade, enquanto retém e recicla a água do organismo. O Outono é a estação da Introspecção e da meditação, de reciclar sentimentos antigos, apegos externos e o excesso de emoções adquiridas durante o Verão. Se resistirmos a esta energia e ficarmos aprisionados no passado podemos criar estados de melancolia, de tristeza e depressão, que se manifestam com dores nas costas, dificuldades respiratórias, problemas de pele e diminuição da resistência."

Portanto, quem está revirando armários e "destralhando-se" está movimentando a energia do passado e praticando o
desapego. E isso é muito benéfico, sobretudo nessa época!

Para reforçar as defesas, nada melhor do que acrescentar na alimentação o bom e velho inhame. Sabem por quê? É branco - cor do Elemento Metal, e tem propriedades estimulantes do Sistema Imunológico que está associado a esse elemento, segundo a Medicina Tradicional Chinesa. Querem saber mais?

No site da Sônia Hirsch tem tudo sobre o assunto e algumas receitas deliciosas:


Para estimular o apetite pelo inhame aí vai uma receitinha da Sônia:

"Inhame Cozido no Vapor
Ponha alguns inhames com casca e tudo na parte superior da cuscuzeira, ou numa peneira sobre uma panela com água fervendo, e tampe. Depois de meia hora espete com o garfo para ver se estão macios. Nessa altura a casca solta com muita facilidade, basta puxar que sai inteirinha. É aí que o inhame tem o sabor mais simples e gostoso."

Minha sugestão: cortar o Inhame em rodelas e colocar manteiga ou azeite de oliva, e uma pitadinha de sal por cima. Huuuuummmm!!!!! Nham, nham....

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dicas de Nutrição no Globo Repórter

O CRNUTRI (Centro de Referência para a Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, terá sua rotina de atendimento nutricional retratada no programa Globo Repórter desta sexta-feira.

Um repórter se colocou como paciente do CR Nutri para retratar esta rotina. Além disso, foram acompanhadas as rotinas de outros pacientes.

O que fazer para emagrecer com saúde? Nesta sexta-feira (12), no Globo Repórter, pesquisadores da USP revelam os segredos da educação alimentar, a mais perfeita fórmula para quem quer perder peso.

Quantos litros de água devemos beber por dia? Quais os grãos e legumes que alimentam sem engordar? Como usar corretamente o óleo de cozinha nas refeições? Qual é o limite de consumo de álcool por semana? E ainda: por que os homens conseguem emagrecer com facilidade? E como eliminar 5kg em apena três semanas.

O programa irá ao ar nesta sexta-feira (12/03/10) às 22h. pela TV Globo de televisão e também poderá ser acessado no site: http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1523751-16619,00-PESQUISADORES+ENSINAM+A+EMAGRECER+COM+SAUDE.html

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dicas da Embrapa para Alimentação Saudável

O consumo mínimo diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de frutas, legumes e hortaliças é de 400 gramas, chegando a mais ou menos cinco porções. Mas infelizmente, o consumo do brasileiro atinge apenas um terço das recomendações para o consumo diário desses alimentos. É o que aponta a Pesquisa de Orçamentos Familiares feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Nos últimos trinta anos, houve um aumento significativo no consumo dos alimentos industrializados, ao passo que o consumo de cereais, frutas legumes e verduras caiu vertiginosamente.

Diante desse fato, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com outras instituições, vem desenvolvendo desde 2007 um projeto, que pretende subsidiar ações em comunidades atendidas pelo Programa de Saúde na Família para promover o consumo de frutas, legumes e verduras.
Para apoiar essas ações, a equipe da Embrapa desenvolveu uma série de livretos que já estão disponíveis para download:

12 passos para uma alimentação saudável

Promover o consumo de frutas e verduras – estratégia de saúde da família

Promover o consumo de frutas, legumes e verduras – Programa de alimentação escolar

Promover o consumo de frutas, legumes e verduras – Escolas e creches


É só entrar no link e solicitar o download gratuito. Além desses livretos, que estimulam a alimentação saudável, existem uma série de outros com diversos assuntos sobre agricultura, controle de qualidade na produção de alimentos e desenvolvimento de produtos.

Esses livretos são úteis para quem quer ter uma vida mais saudável, começando pela alimentação e também para profissionais que trabalham com comunidades e que desejam implantar programas de alimentação saudável.

Fonte: Agência Fapesp, disponível em 3/3/2010, por Alex Sander Alcântara: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11837/cartilhas-nutricionais.htm

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Estamos nos acostumando com os transgênicos?

Foto fonte: http://www.brasiliamaranhao.files.wordpress.com/

Recebi uma mensagem da nutricionista Soraya Vidya Terra Coury que me deixou muito preocupada.

Ela comenta uma notícia sobre o faturamento da Syngenta, uma das maiores indústrias de defensivos agrícolas. Nessa notícia a tônica é como o faturamento Syngenta aumentou e como ainda pode melhorar, prometendo acabar com o ponto fraco da assim dita 'humanidade": a fome no mundo!

Já ouvimos essa história e sabemos que o melhoramento de sementes beneficia somente a quem pode pagar e ainda destrói qualquer possibilidade de agricultura familiar.

Segundo Soraya: "as transnacionais apostam e comemoram seus faturamentos pois alegam que "as pessoas estão se acostumando aos transgênicos" Na verdade a grande maioria excluída nem sequer sabe diferenciar o joio do trigo, e assim a "minoria da minoria" decide a comida da humanidade toda".
Não podemos deixar morrer esse debate vejam por que:

Jornal Valor Econômico, 12 de fevereiro de 2010
Estratégia: Syngenta eleva aposta em sementes

Alexandre Inacio, de São Paulo

O uso da tecnologia para a produção de sementes mais produtivas será cada vez mais importante para atender o aumento da demanda por alimentos de uma população que cresce cada vez mais". A afirmação pode parecer óbvia e batida para a maioria das pessoas ligadas ao agronegócio, mas está interferindo diretamente nos negócios de uma das maiores empresas de defensivos do mundo e que, aos poucos, muda seu foco de atuação. Em 2009, a Syngenta reportou um faturamento anual de US$ 11 bilhões, dos quais 77% foram provenientes da venda de defensivos químicos e apenas 23% da comercialização de sementes. Cinco anos atrás, a participação das sementes nas vendas da empresa era de apenas 17%. "Nos próximos 15 anos haverá um equilíbrio maior entre os dois negócios da empresa e acredito que nesse período as sementes terão uma participação próxima a 40%", afirma Davor Pisk, chefe da operação mundial de sementes da Syngenta, que faturou no ano passado US$ 2,5 bilhões. E a perspectiva de uma mudança radical no perfil das vendas não é por acaso. Apesar de reconhecer que ainda exista um potencial de crescimento e de desenvolvimento de novos produtos para proteção de cultivos, o próprio executivo lembra que esse é um mercado já consolidado. No caso do segmento de sementes, as novas ferramentas para o desenvolvimento de variedades diferenciadas e que gerem maior valor no futuro é muito maior. A onda na qual a Syngenta embarca já foi surfada por algumas de suas concorrentes. Também dedicada exclusivamente ao agronegócio, a americana Monsanto tem hoje 56% de seu faturamento ligado à venda de sementes, ficando os defensivos com os 44% restantes. Além do potencial para o desenvolvimento de novos produtos, outro fato que vai colocar as sementes em uma posição de destaque dentro da Syngenta é o fato de os consumidores estarem se acostumando mais com a ideia dos transgênicos. "Esse é um segmento que existe uma grande regulamentação, mas já temos arroz geneticamente modificado na China e vegetais avançando na Índia. O mundo está se acostumando com a tecnologia das sementes geneticamente modificadas", afirma Pisk. No que se refere à regulamentação mundial para os transgênicos, Pisk considera o Brasil um exemplo e equipara o país aos Estados Unidos no que se refere ao grau de transparência para liberações. "Hoje, o tempo para aprovação está mais realista", afirma. Segundo ele, a União Europeia tem um sistema de aprovação que leva em conta alguns aspectos políticos. Quando o assunto é Brasil, Pisk lembra o potencial produtivo do país e a importância que passou a ter nos últimos anos na produção mundial de alimentos. "O sucesso da agricultura brasileira está diretamente relacionado com seus produtores. São pessoas receptivas a novas tecnologias e capazes de se adaptar rapidamente a elas", afirma o executivo. A empresa teve aprovado em 2008 pela Comissão Técnica Nacional de Biotecnologia (CTNBio) seu milho resistente a insetos e outro resistente ao glifosato, que passaram a ser comercializados no ano passado. Também em 2009, obteve a liberação comercial de uma semente de milho que reúne as duas tecnologias - resistência a insetos e tolerância a herbicidas - além de uma variedade resistente à lagarta, uma das principais pragas da lavoura de milho. Com as liberações já obtidas e o foco dedicado ao desenvolvimento de variedades que permitam ganhos de produtividade aos agricultores, a Syngenta tem uma meta ousada para o mercado de sementes nacional. "Já estamos bem posicionados, mas temos a ambição de sermos líderes no Brasil", diz Pisk.

É uma pena que o Brasil esteja "tão à frente" nesse assunto e ainda não conseguiu acabar com problemas básicos de saúde pública, como por exemplo a desnutrição!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Onde há fumaça..


Cada vez mais, pesquisas vêm apontando que a alimentação industrializada em excesso traz muito mais prejuízos do que benefícios. Nesta semana, pesaquisadores de Cingapura apresentaram um trabalho relacionando o câncer de pâncreas com o consumo de refrigerantes. Esse é um estudo ainda a merecer aprofundamento, pois existem muitos fatores causadores do câncer que não foram isolados. Mas esse estudo apontou maior incidência do câncer de pâncreas em indivíduos que bebem refrigerantes do que nos que consumem sucos naturais.

O câncer de pâncreas é dos mais mortíferos e há algumas décadas considerava-se que o consumo exagerado de álcool fosse seu principal fator desencadeador. Vamos pensar juntos, já que ambas as hipótese são possíveis.


O pâncreas é o responsável pela secreção de insulina, que regula o metabolismo de glicose. A célula só consegue absorver a glicose, sua principal fonte de energia, através de receptores que só funcionam em presença do hormônio insulina. O excesso de glicose circulante pode prejudicar o funcionamento de várias células, levando à morte. Isso nos faz pensar que quando o nosso organismo é bombardeado com açúcar, o pâncreas tem que trabalhar mais para diminuir o nível de glicose circulante.


Tanto o álcool como o açúcar, quando digeridos, originam glicose. Portanto, ambos elevam muito o nível de glicose no sangue, sobrecarregando o pâncreas, que tem que secretar mais insulina.


Ao longo dos anos, o nosso corpo vai perdendo a capacidade de adaptação. A isso chamamos envelhecimento. Por isso, quando somos jovens não sentimos quase nada ao cometermos "abusos", mas, quando chegamos à meia idade, os problemas começam a aparecer.


Um dos sinais desses abusos é o aparecimento de diabetes tipo 2 após os 50 anos. É o primeiro sinal de esgotamento do pâncreas. A obesidade também pode provocar esse esgotamento, pois os adipócitos, células de gordura presentes em grande quantidade em obesos, são mais resistentes à insulina, levando o pâncreas a secretar ainda mais insulina para se obter o resultado desejado.


Ao longo dos anos, o pâncreas vai enfraquecendo e, se não for controlada a ingestão de carboidratos simples (açúcar e álcool), a evolução poderá ser o câncer.


Vamos pensar como é o atual consumo de refrigerantes no mundo e procurar entender como os suecos chegaram a essa conclusão. E partiremos dos Estados Unidos, o principal difusor do consumo de refirgenates para o mundo. Quem já viajou para lá sabe como são gigantescas as porções individuais de refrigerantes. Lá paga-se pelo continente (copo) e o refil é grátis. Infelizmente, o principal alvo são as crianças. Para elas, o efeito do consumo exagerado de refrigerante é ainda pior, pois o ácido fosfórico, presente nos refrigerantes é capaz de interferir nom metabolismo ósseo, diminuindo a captação de cálcio pelas células ósseas. Já iamginaram o que isso pode acarretar ao longo dos anos? OSTEOPOROSE. Não é a falta de consumo de leite e sim o excesso de consumo de refrigerantes que pode estar contribuindo para o aumento de casos de oesteoporose precoce. Mas isso é assunto para outra postagem.


Além do dano orgânico indiscutível, os refrigerantes causam danos ambientais irreparáveis. Basta pensar no consumo de água para a sua produção e no descarte das garrafas PET. Quem mora em grandes cidades pode ver que, durante as chuvas, o que mais aparece nos rios (além dos sofás e outras bugigangas impensáveis!) são as garrafas de plástico, responsáveis pelo entupimento de bueiros e galerias.


Por isso, pense mais no que você está consumindo. O nosso país é privilegiado, pois temos frutas disponíveis o ano todo. Não justifica o alto consumo de refrigerantes que temos. Além de hidratar, as frutas fornecem vitaminas, fibras e glicose, só que em menor quantidade, se comparadas aos refrigerantes.

Refrigerantes somente em ocasiões especiais, festas e, no máximo, uma vez por semana.
O nosso organismo e o meio ambiente agradecem!